“Me identificava bastante com a comunicação popular de Raimundo Varela e Zé Eduardo.”, Diz Ana.
Ana Paula Farias, jornalista baiana, está assumindo o comando do Balanço Geral na Record TV Interior RJ, levando sua expertise e carisma para o público do Rio de Janeiro. Com uma carreira que começou em Salvador, Ana Paula se destaca agora na cidade de Campos dos Goytacazes, onde apresenta o programa diário das 11h50 às 14h40.
Com uma trajetória que inclui passagens importantes por rádios e TV na Bahia, Ana Paula iniciou sua carreira na Rádio Transamérica e se consolidou na televisão pela Record Bahia. Apresentando programas como Bom D+ e A Bahia Que a Gente Gosta, ela se tornou uma figura conhecida no estado e expandiu sua atuação para a Record TV Internacional.
Agora, no Rio de Janeiro, Ana Paula Farias se destaca à frente de um dos principais programas da emissora.
AF: Como surgiu seu interesse pela comunicação?
Sempre gostei de me comunicar. Já na infância, demonstrava talento para a área. Costumo até brincar dizendo que o cordão umbilical da minha mãe já era uma espécie de microfone. Na infância, assistia muita televisão e as brincadeiras sempre eram relacionadas às artes, ao teatro e à dança. Quando cresci, isso foi ficando cada vez mais forte dentro de mim, tanto que me inspirava nas apresentadoras e dizia que um dia estaria fazendo o mesmo na TV.
AF: A sua contratação pela TV Itapoan, hoje conhecida como Record Bahia, Iniciou no entretenimento. Quais foram as pessoas que te ajudaram na caminhada?
Sim. Quando passei no teste para ser repórter, já comecei atuando no entretenimento. Naquela época, fazia parte do programa Tudo a Ver Bahia, que mostrava a cultura local, turismo e fazia entrevistas com artistas. Mais tarde, cheguei a apresentar este jornal. No início, contei muito com o apoio dos colegas da emissora e de apresentadores renomados, como o saudoso Raimundo Varela e José Eduardo, o popular Bocão, que atualmente comanda o Balanço Geral da Record Bahia. Antes de trabalhar na TV com ele, já fazia produção e reportagens em um programa dele nas rádios. Essa troca com Zé Eduardo foi uma bagagem importante na minha trajetória.
AF: Como surgiu o convite para trabalhar na Record do interior do Rio de Janeiro?
Já trabalhava na Record Bahia há 8 anos. Durante esse tempo, fiz produção, reportagens e apresentei alguns programas, sendo o último A Bahia Que a Gente Gosta. Com o término do programa, recebi um convite do diretor da Record Interior RJ, que já havia atuado na Bahia e conhecia meu trabalho. Aceitei o convite para conhecer a cidade e, em seguida, o desafio. Estou perto de completar 8 anos na Record de Campos, no próximo dia 11 de novembro.
AF: Hoje você é apresentadora do Balanço Geral. Qual a importância de uma mulher comandar um programa criado por Raimundo Varela, uma referência na comunicação baiana?
Para mim, é uma honra e, ao mesmo tempo, encaro com muita responsabilidade. O Balanço Geral surgiu na Rádio Sociedade em 1980 e, em 1985, passou para a TV Itapoan, que mais tarde se tornou Record Bahia. Tive a oportunidade de trabalhar como repórter em noticiários policiais e outras editorias. Estar no comando do programa, fora do meu estado, é uma alegria imensa. Sinto muito orgulho, pois a experiência que adquiri na minha cidade natal me ajudou bastante. Hoje, temos mais mulheres apresentando em outros estados, mas antes isso não era tão comum. Como mulher que sempre encarou desafios, acredito que nossa representatividade faz a diferença na sociedade.
AF: Quantos anos de Record você tem?
Juntando as duas emissoras, já são 15 anos. Fiquei 8 anos na Record Bahia e, agora, completo 8 anos na Record Interior RJ em novembro.
AF: Você está realizando seu sonho profissional ou ainda pretende conquistar uma apresentação em rede nacional?
Sim, estou realizando um sonho, mas confesso que tenho outras pretensões. Quem sabe, atuar em rede nacional como apresentadora.
AF: Quais são suas referências no jornalismo? Existe algum padrinho na sua jornada?
São muitos profissionais que admiro, mas sempre temos aqueles com quem nos identificamos. Quando comecei a olhar para essa área, gostava muito de ver a jornalista baiana Liliane Reis, o perfil dela me inspirou bastante. Também gostava muito de Wanda Chase, amazonense que trabalhou por muitos anos em Salvador, e Jéssica Senra, grande comunicadora e jornalista com quem tive a alegria de trabalhar. Também me identificava bastante com a comunicação popular de Raimundo Varela. Assim também com Zé Eduardo, que, além de falar direto com o povo, considero como meu padrinho. Tenho muita gratidão por tudo que fez em minha vida. Me deu grandes oportunidades e reconheceu meu talento.
AF: Os cariocas abraçaram seu trabalho. Se recebesse um convite da Record Bahia para apresentar, voltaria para a Bahia?
Quando cheguei em Campos, foi um grande desafio. Mesmo fazendo parte do mesmo grupo Record, estava em outro estado, em outra região, com pessoas de costumes diferentes. Mas fui bem acolhida e também cheguei de coração aberto. E o que me ajudou e ajuda muito são os investimentos em autoconhecimento, a terapia, que é muito importante, pois nos fortalece bastante. E também sou muito grata ao povo do interior do Rio que me recebeu tão bem. E, claro, à emissora que confia em meu trabalho. Mas, em relação à proposta de retornar à Bahia, nessa nossa profissão tudo pode acontecer e precisamos estar preparadas para mudanças.
AF: Do que você sente mais falta da Bahia, morando no Rio de Janeiro?
Sinto muita falta da minha família. Embora eu viaje frequentemente para matar a saudade, sou uma pessoa que gosta de estar presente e compartilhar o dia a dia com eles.
AF: Você se apaixonou pelo jornalismo, mas voltaria ao entretenimento por uma boa proposta?
Amo comunicação e o que faço. Atualmente, consigo atuar em vários segmentos ao mesmo tempo, já que o Balanço Geral permite essa flexibilidade. Acredito que qualquer oportunidade que me faça brilhar os olhos, me dê aquele frio na barriga e seja uma boa proposta, eu toparia sim.