Os servidores municipais de Salvador realizaram, na manhã desta terça-feira (20), uma assembleia na região do Dique do Tororó, marcando o início de uma série de mobilizações após decretarem estado de greve. A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial de 4,83% apresentada pela Prefeitura, considerada insuficiente frente às perdas acumuladas pela inflação nos últimos anos.
Além do índice, os trabalhadores criticaram a decisão do prefeito de enviar o projeto de lei com o reajuste à Câmara Municipal antes da conclusão das negociações com a categoria. Segundo os representantes do funcionalismo, o envio da matéria sem consenso deslegitima o processo da mesa de Negociação.
“Mais uma vez, o prefeito de forma unilateral decide impor o percentual de reposição inflacionária aos nossos salários. No ano passado foi igual. Isso mostra que a Mesa de Negociação não tem legitimidade, já que a vontade do gestor se impõe”, afirmou Everaldo Braga, coordenador geral do Sindseps (Sindicato dos Servidores e Servidoras da Prefeitura de Salvador).
Caminhada e protesto em frente à Prefeitura
Após a assembleia, os servidores seguiram em caminhada até a Praça Municipal, onde realizaram um protesto em frente à sede da Prefeitura, na parte da tarde. A manifestação foi motivada pelo envio do projeto de reajuste sem o encerramento das negociações.
Durante o ato, os trabalhadores deliberaram pela realização de uma nova assembleia nesta quarta-feira (21), com paralisação de 24 horas, além da realização de outro protesto na Câmara de Vereadores, também na Praça Municipal.
Reivindicações
A categoria reivindica a recomposição inflacionária real dos salários, além de melhorias no auxílio-alimentação e no auxílio-transporte. A expectativa é de que o projeto encaminhado à Câmara não seja votado no formato atual, permitindo novas negociações com a Prefeitura.