Por Pérola Achael – Foto Pérola Achael
Mãe Nicinha de Nanã, representante do Terreiro Olufanjá, responsável pela entrega do balaio para Iemanjá
Líder religiosa do Terreiro Olufanjá, Mãe Nicinha de Nanã, falou com exclusividade para o Notícias da Bahia sobre a luta contra a intolerância religiosa. O Terreiro Olufanjá vai entregar o balaio com os presentes ofertados para Odaya na tarde deste domingo (02). O tema da festa neste ano é “Renascer com as Águas de Yemanjá”.
“A importância é muita. Quanto mais nós combatemos essa intolerância, melhor. Eu acho que a intolerância religiosa é um atraso de vida, porque as pessoas nasceram de um pai só. E por que não se unirem? Mesmo com religiões diferentes, mas deveria ter compreensão e se unirem, não é? Porque quanto mais união, mãos dadas fortalecem. Uma pessoa só não faz nada. Se eu fosse sozinha eu não tinha conseguido fazer o que eu fiz para trazer hoje aqui essa oferenda. Então, a humanidade deve saber que a religião não diz que você é ruim nem que você é mau. O que diz que a pessoa é ruim ou mau é a natureza de cada um e a educação que recebeu. Então essa intolerância religiosa é uma coisa feia”, explicou Mãe Nicinha.
A líder religiosa também falou do simbolismo que a Festa de Iemanjá mostra que o candomblé não tem nada contra ninguém e não faz mal a ninguém. Para Mãe Nicinha, as religiões de matriz africana “só faz o melhor para cada um de nós”.