O Ministério Público da Bahia instaurou um grupo especializado para acompanhar as investigações da operação da polícia militar que resultou na morte de 12 suspeitos de integrarem uma facção criminosa na capital baiana.
Em reunião com representantes das Secretarias de Segurança Pública (SSP) e de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) do estado da Bahia, e com o comando das Polícias Militar e Civil, o procurador-geral de Justiça, Pedro Maia, informou que as ações do MPBA serão coordenadas pelos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp).
“O Ministério Público lamenta profundamente o ocorrido, pela perda de vidas e pela situação de pânico de que a comunidade foi vítima. Estamos em interlocução direta com as autoridades policiais e forças de segurança, acompanhando todos os passos da investigação, com o Gaeco e o Geosp, no levantamento das informações, principalmente das perícias, para que todas as circunstâncias sejam apuradas com a devida transparência. Esse é o propósito e objetivo comum de todos os órgãos de Estado envolvidos no esclarecimento dos fatos”, disse o chefe do MPBA.
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Felipe Freitas, titular da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (STJDH), disse que a PMBA vai contribuir com informações par o Ministério Público.
“É dever das instituições de Estado assegurarem máxima transparência nas suas ações, em especial quando há mortes envolvidas. O Governo do Estado colaborará para que o Ministério Público, órgão responsável pelo controle externo da atividade policial, tenha pleno acesso aos dados da ocorrência de Fazenda Coutos e que o Poder Judiciário e os órgãos de correição da própria Polícia Militar possam se manifestam tecnicamente sobre o processo”, ressaltou o secretário Felipe Freitas.
Participaram também do encontro o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, o comandante da Política Militar, coronel Coutinho; a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito; representantes do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim), do Gaeco e do Geosp.