O Dia do Cordelista é celebrado nesta terça-feira (19), em homenagem ao paraibano Leandro Gomes de Barros, considerado um dos maiores poetas da literatura de cordel do Brasil.
Em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu a literatura de cordel como patrimônio cultural imaterial brasileiro. O gênero se consolidou como uma tradição do Norte e Nordeste do Brasil, mas está presente em todo o território de nosso país, principalmente por conta das migrações dessas populações.
O cordel combina métrica, rima e oração para dar origem a uma poesia cantada, que ao longo do tempo também passou a ser impressa em folhetos e ilustrada com xilogravuras.
O gênero se estabelece como a mistura das tradições orais, como o costume de memorizar e contar histórias de maneira ritmada e rimada, com a chegada da literatura impressa no século 19, que permite a comercialização de romances e poesia.
História da literatura de cordel
A tradição do cordel tem início ainda em Portugal, e chegou ao Brasil durante a colonização, desembarcando na Bahia junto aos portugueses. Os folhetos costumavam ficar expostos ao público pendurados em uma corda para serem vendidos, dando origem ao nome: literatura de cordel.
A partir da década de 1950, com a migração de nordestinos para outras regiões do país, o gênero se espalhou por outros territórios.
A literatura de cordel – assim como outras tradições feitas pelo povo, sem origens acadêmicas – sofre com discriminação até hoje, sendo considerada um gênero literário menor por muitos.