Os rodoviários de Salvador, já em estado de greve, definem nesta segunda-feira (19) os detalhes do edital que oficializará a paralisação – documento que precisa ser publicado com pelo menos 72 horas de antecedência. A expectativa é que o anúncio seja feito na terça-feira (20) pela manhã, horas antes de uma reunião decisiva entre o sindicato e as empresas, marcada para as 10h com mediação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Fábio Primo, diretor do sindicato da categoria, avalia que as chances de greve “estão se afunilando”, mas ainda há espaço para negociações, com possível intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O impasse persiste após um mês de discussões salariais: as empresas condicionam melhorias à retirada de folgas aos domingos e à reintrodução do banco de horas – itens rejeitados pelos trabalhadores.
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A tensão cresce duas semanas após uma primeira ação dos rodoviários, quando atrasaram a saída de ônibus em duas garagens (G2 Plataforma e G3 OT Trans), paralisando parte das linhas por cerca de quatro horas na manhã do dia 5 de junho. Agora, a categoria se prepara para uma greve de maior impacto, caso as negociações desta terça não avancem.
Enquanto o edital não é publicado, passageiros aguardam com apreensão a definição sobre possíveis transtornos no transporte público da capital baiana. A greve, se confirmada, deve afetar milhares de usuários que dependem do sistema de ônibus para se deslocar pela cidade.