O feriado prolongado de 1º de maio parecia tranquilo, até que uma bomba explodiu nos bastidores do SBT. Tudo começou quando Jorge Kajuru, senador e amigo pessoal de José Luiz Datena, revelou em entrevista à Veja que o apresentador recebeu uma proposta irrecusável da RedeTV!.
A notícia pegou todos de surpresa, inclusive a alta cúpula do canal de Silvio Santos. A presidente do SBT, Daniela Beyruti, foi uma das mais impactadas.
Até poucos dias antes, ela ainda expressava total confiança em Datena, que havia ganhado uma nova chance na emissora após a frustrada tentativa de se eleger prefeito de São Paulo em 2024.
Durante uma recente participação no Programa Silvio Santos, apresentado por Patrícia Abravanel, o jornalista chegou a declarar que estar no SBT era o “sonho da sua vida”, tudo em clima de festa e descontração.
Mas o clima nos bastidores era outro no SBT
Nos bastidores, no entanto, Datena já demonstrava sinais de insatisfação. Um dos principais motivos seria a proposta da emissora de restringir o Tá na Hora a um telejornal local em São Paulo, com apenas 1h15 de duração.
O apresentador também não teria digerido bem os planos de reformulação na faixa do almoço, especialmente com a provável chegada de Luiz Bacci, que deve assinar contrato nos próximos dias.
A percepção de que estava perdendo espaço na grade e na confiança da direção foi o estopim para sua decisão.
Na sexta-feira (2), Datena apresentou o programa com tom de despedida, enquanto confirmava sua saída por mensagens no WhatsApp aos executivos do SBT.
A saída abrupta causou um clima de humilhação e frustração nos bastidores da emissora. A situação foi tão inesperada que ninguém sabe quem apresentará o Tá na Hora nesta segunda-feira (5).
A produção segue desorientada, sem planejamento imediato, em um ambiente marcado pela surpresa e pelo ressentimento.
Apesar do espanto geral, Leandro Cipoloni, atual diretor de jornalismo do SBT, não se mostrou tão surpreso.
Ele conhece bem o estilo impulsivo de Datena, os dois são amigos há quase duas décadas e Cipoloni já era executivo da Record quando, em 2011, o jornalista também abandonou a emissora após apenas 43 dias no ar.
Escrito por
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]
