A escritora britânica C. J . Tudor é uma das mulheres que está conquistando mais espaço no gênero ao publicar obras com boas reviravoltas e casos que prendem o leitor do começo ao fim. Autora de livros como “O Homem de Giz“, “Garotas em Chamas” e, agora, “Tormenta“, ela conquistou o público literário e adquire novos fãs conforme seu trabalho é transformado em filmes e séries.
Em entrevista à CNN, ela falou sobre os desafios de ser uma mulher lutando para adquirir notoriedade nesses espaços.
“Ainda é muito dominado por homens”, resumiu. “Quero dizer, há muitas, há muito mais autoras femininas despontando, como a vencedora do Prêmio Booker, por exemplo, vejo muitas autoras surgindo no terror, mas elas não estão no topo e nos status de best-sellers como os escritores homens.”
O Booker deste ano foi vencido por Samantha Harvey, com “Orbital: A Novel”. O trabalho ainda não foi traduzido para o português ou publicado no Brasil.
“Então, acho que ainda há trabalho a ser feito”, continuou Tudor, que explicou que o meio é machista pois alguns leitores agem como se obras de terror e suspense escritas por mulheres fossem ser “coisa de menininha”. “É uma batalha a ser vencida, sabe, para colocar as mulheres lá no topo dos livros de terror e thrillers.”
“Acho que ainda existem pessoas que gostam de se manter em suas caixas [quando vão procurar algum livro para ler] e isso tipo de coisa [deixar de ler um livro de suspense por ser escrito por uma mulher] ainda existem. ”
“Então ainda estamos meio que lutando contra isso”, continuou. “Mas eu me sinto sortuda, sabe, de ter conseguido de entrar nesse nicho durante a minha carreira, fazendo o que eu faço. E vou continuar a tentar [conquistar espaço] e forçar os limites com cada livro.”
O novo livro de C. J. Tudor foi publicado no Brasil neste mês. “Tormenta” é um thriller pós-apocalíptico que trata um mundo devastado por um vírus e a busca dos sobreviventes para permanecerem vivos.
- Título: “Tormenta”
- Autora: C. J. Tudor
- Editora: Intrínseca
- Número de páginas: 336
- Ano da publicação no Brasil: 2025
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