A Bahia tem um charme próprio, uma energia que só visitando para entender. A Bahia tem um axé, como os soteropolitanos gostam de falar.
O Fera Palace Hotel, no centro de Salvador, tem esse axé. O que isso significa? Se tratando de hotelaria significa um lugar onde a gente não quer ir embora, um local que acolhe.
Um mix delicioso de atendimento cordial e atencioso, gastronomia de primeira, um rooftop de onde é possível apreciar um dos pores do sol mais charmosos e inesquecíveis e localização privilegiada.
Situado no Centro Histórico de Salvador, a poucos passos da famosa região do Pelourinho e do Elevador Lacerda, o hotel oferece uma viagem glamurosa no tempo. O Fera como conhecemos hoje foi aberto em 2017, mas o estabelecimento fica onde no passado distante funcionava o Palace Hotel.
O Palace foi icônico e chegou a hospedar grandes figuras, como Carmem Miranda, Pablo Neruda, Orson Welles e diversos presidentes da República. Infelizmente, veio um período de decadência do Centro e o Palace fechou as portas. Em 2012, o edifício foi comprado pelo grupo que comanda atualmente o hotel e assim começou um longo processo de reforma e restauração do edifício.
Construído em estilo Art Déco em 1934, inspirado no Flatiron Building de Nova Iorque, o prédio monumental tem fachada composta por 230 adornos externos originais e 640 janelas de madeira maciça. Toda fachada, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), adornos e janelas foram restaurados, preservando sua autenticidade e originalidade do imóvel.
Rooftop dos sonhos
É no rooftop que fica a piscina de borda infinita do hotel com vista privilegiada para a Baía de Todos os Santos e a emblemática cúpula de cobre. É lá também que fica “o melhor camarote” para assistir ao pôr do sol de Salvador, mas não deixe para curtir o espaço apenas no cair do dia.
Um lugar onde é possível passar horas – até o dia inteiro – entre um mergulho, um suspiro de admiração da vista, uma caipirinha de cajá e os pratos e petiscos do bar da piscina que tem menu assinado por ninguém menos que a dupla Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, chefs à frente do Grupo Origem e que figuram na seleta lista dos 50 Best Restaurant Latin America.
No menu, itens como camarão empanado com aioli; casquinha de aratu com farofa de dendê e vinagrete; taco de camarão crocante; ceviche de peixe branco; bolinho de costela com parmesão; moqueca de peixe e camarão; além das sobremesas como o rocambole com brigadeiro de abacaxi com crocante de coco, calda 3 leites, farofa de suspiro e sorvete ou o bolo branco com recheio de frutas vermelhas e merengata com sorvete.
O bar da piscina funciona apenas para hóspedas das 9h às 19h, mas a partir das 19h o Fera Rooftop se transforma em um restaurante aberto ao público e com clima para lá de romântico e especial.
O ambiente se transforma com velas nas mesas e o menu muda para o formato degustação com inspiração mediterrânea, com culinária de Portugal, Grécia, França, norte da África e Líbano.
Espere por itens como tabule, babaganoush, polvo com mandioquinha, emulsão de chorizo com jus e bottarga; paella de camarão; ravióli negro com cogumelos; robalo com aspargos e ovas de Tobiko; e Black Angus com purê de cenoura com gengibre.
Nas sobremesas, surgem opções como tost recheado com brigadeiro 70%; texturas de tangerina; sorvete de azeite com creme inglês e crocante de pão com bacon; entre outros.
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Gastronomia
Não é só a gastronomia do rooftop que é comandada por Fabrício e Lisiane, são eles que cuidam de toda a parte de alimentação e bebida do hotel, desde o serviço de room service até café da manhã, refeições no restaurante OMÍ e drinques e lanches no bar do lobby, esse que abriga um balcão decorado com pastilhas estilo anos 30 e tampo em latão envelhecido, além de uma adega de 4 metros de altura com capacidade para mais de 1.000 rótulos variados.
Sem dúvida, a dupla conseguiu transformar a gastronomia num grande diferencial do Fera. O café da manhã em períodos de lotação máxima é servido em estilo buffet, com mesa farta de itens típicos baianos, pães, uma enorme variedade de doces e bolos, sucos, tapiocas, frios, omelete, entre outros. Em outros períodos, o café é à la carte, mas com menu tão farto quanto.
O OMÍ é o restaurante do térreo, onde é servido o café da manhã, almoço e jantar – também aberto a quem não é hóspede. O menu traz um sotaque baiano e muitos ingredientes regionais de forma contemporânea e autêntica, tem desde um belo tagliolini ao molho pomodoro e burrata ao pesto a filé de sol com tropeiro de cuscuz, banana da terra e ovo.
Decoração, quartos e áreas comuns
Como o prédio é histórico, os 81 quartos são acolhedores, mas não espere ambientes enormes. Bem equipados com armário, frigobar, cama hiper confortável, mesa auxiliar e um ótimo chuveiro, os pisos originais de taco de madeira e mármore foram recuperados e os elementos como louças, metais e luminárias tem todo o charme e inspiração do estilo da época.
De inspiração Art Déco, os quartos ganharam móveis com forte identidade baiana através do uso de materiais regionais como linho nas cortinas, sisal nos tapetes e algodão para o enxoval, criando uma experiência autêntica para quem visita a Bahia.
Outros elementos que inserem o hotel na cultura da Bahia são as esculturas da artista plástica baiana Nádia Taquary, que estão expostas no lobby, e as fotos do também baiano Akira Cravo, decorando o lobby, corredores e apartamentos.
Sem dúvida, o Fera celebra a revitalização do Centro Histórico e se tornou uma das mais importantes opções de hospedagem da cidade, atraindo os soteropolitanos para curtir suas opções gastronômicas e turistas do mundo todo.
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